Elísio Summavielle defende criação de museu dedicado às origens portuguesas

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O diretor-geral do Património Cultural (DGPC), Elísio Summavielle, defendeu hoje a criação, em Lisboa, de um museu “dedicado às origens dos portugueses, com menos espólio e mais comunicação”.
Numa entrevista à agência Lusa a propósito do Dia Internacional dos Museus, que se celebra a 18 de maio, sexta-feira, o responsável considerou que “a falta de um museu que explique quem são os portugueses – as suas origens – é uma lacuna”.
“Não falo num museu sobre a língua portuguesa, como existe no Brasil, mas um museu sobre a portugalidade”, que pudesse ficar instalado no Mosteiro dos Jerónimos “ou noutro espaço em Lisboa, como a Praça do Comércio”.
Sobre o projeto da anterior tutela para transferir o Museu Nacional de Arqueologia do Mosteiro dos Jerónimos para o edifício da Cordoaria, Elísio Summavielle indicou que “está suspenso, devido aos atuais constrangimentos financeiros”.
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Sobre outros projetos em curso, reiterou que o novo Museu Nacional dos Coches, um projeto assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, “deverá abrir no final de 2013, princípio de 2014”.
Quanto ao Museu da Música – como já foi anunciado pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas – deverá ir para Évora, para o Convento de São Bento de Castris, embora a falta de verbas venha a atrasar a sua concretização.
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Com a aprovação da nova orgânica da Secretaria de Estado da Cultura (SEC), o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), que tutela 28 museus e cinco palácios nacionais, passa a estar integrado – tal como o IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico), na nova estrutura da DGPC.
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De acordo com a nova orgânica, as Direções Regionais de Cultura do Norte, Centro, Alentejo e Algarve vão passar a gerir museus e palácios da rede nacional que estão na sua área geográfica.
O Museu do Abade de Baçal, o Museu Alberto de Sampaio, o Paço dos Duques, o Museu dos Biscainhos, o Museu D. Diogo de Sousa, o Museu de Lamego, o Museu de Etnologia do Porto, o Museu da Terra de Miranda, o Museu de Aveiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, o Museu da Guarda, o Museu da Cerâmica, o Museu José Malhoa, o Museu Etnográfico e Etnológico Dr. Joaquim Manso e o Museu de Évora vão passar para a competência das respetivas Direções Regionais de Cultura.

Fonte: DN

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