Assembleia Municipal de Lisboa aprovou recomendação para criação de uma estrutura museológica dedicada aos Descobrimentos

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A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou nesta terça-feira, ao fim da tarde, uma recomendação à Câmara para que crie na cidade “uma estrutura polinucleada” dedicada aos Descobrimentos “nos seus aspetos mais e menos positivos, incluindo um núcleo dedicado à temática da escravatura”, o que gerou um debate ideológico entre deputados, com acusações de revisionismo, branqueamento histórico e motivações de extrema-direita.

A recomendação teve origem na petição “Lisboa precisa de um Museu dos Descobrimentos, da Expansão e da Portugalidade”, apresentada em setembro à Assembleia Municipal e subscrita por 1569 pessoas. O primeiro subscritor foi Rafael Pinto Borges, presidente da associação Nova Portugalidade.

(…)

recomendação, que resultou da análise da petição pela comissão de Cultura, Interculturalidade, Educação, Juventude e Desporto, da Assembleia Municipal, acabou por ser aprovada, não coincidindo com o sentido do texto dos peticionários. Votaram a favor Bloco de Esquerda, Partido Ecologista Os Verdes, Partido Comunista Português, Partido Socialista, dois deputados do Partido Social Democrata e ainda oito deputados independentes.

Em rigor, a recomendação reproduz na totalidade um dos pontos do programa que o atual presidente da Câmara, Fernando Medina, apresentou para as eleições autárquicas de 2017 e que colocou na agenda o tema de um museu dos Descobrimentos.

Fonte: Observador

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