Museu Nacional do Rio de Janeiro pede que Portugal contribua com acervo após incêndio

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O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018, pediu a Portugal ajuda na reconstrução do património histórico através da doação de peças museológicas, disse à Lusa o embaixador português em Brasília.

O pedido foi feito pelo diretor da instituição, Alexander Kellner, aquando da primeira viagem oficial do embaixador Luís Faro Ramos ao Rio de Janeiro, na última sexta-feira.

“Portugal contribuiu, no final do ano passado, com cerca de 100 mil reais (cerca de 15 mil euros) para os trabalhos do Museu Nacional e é uma verba que já está a ser utilizada agora, em 2021, e que o diretor do Museu agradeceu”, relatou o diplomata.

“Além disso, foi-nos solicitado que contribuíssemos para o acervo do Museu. Vão-nos dar uma lista com uma série de peças museológicas para as quais pedem que Portugal possa contribuir, como peças originais ou fac-similares ou réplicas, e também nos pediram ajuda para a reconstrução de peças que foram resgatadas logo a seguir ao incêndio”, acrescentou Luís Faro Ramos.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro perdeu praticamente todo o seu património histórico, científico e cultural na sequência de um incêndio, que teve origem num aparelho de ar condicionado, em setembro de 2018, e que a Polícia Brasileira concluiu ter sido acidental.

Fundado pelo rei D. João VI, de Portugal, era o espaço museológico mais antigo e um dos mais importantes do Brasil.

Entre as peças do acervo estavam a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Pedro I, e o mais antigo fóssil humano encontrado no país, batizado de “Luzia”, com cerca de 11.000 anos.

Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam, igualmente, um diário da imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente português João VI.

Fonte: Visão

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