Serralves recebe cerca de 100 desenhos da artista Maria Antónia Siza

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Cerca de 100 desenhos da artista Maria Antónia Siza, que expôs uma única vez em vida, no Porto, vão ser doados pela família à Coleção de Serralves.

Para marcar a assinatura do contrato de doação, por parte da família, de aproximadamente 100 desenhos da artista Maria Antónia Siza (Porto, 1940–1973), a Fundação de Serralves organiza uma conversa sobre a artista que acontece hoje, segunda-feira, às 18:30, no Auditório de Serralves.

Maria Antónia Marinho Leite Siza nasceu no Porto, a 25 de maio de 1940, tendo ingressado no curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), em 1957, e que abandonou após o terceiro ano.

Dois anos depois participou na 8.ª Exposição Magna da ESBAP e, em 1961, casou-se com o arquiteto Álvaro Siza, na Capela da Boa Nova, em Leça da Palmeira, com quem teve dois filhos, Álvaro Vieira e Joana Vieira.

Em 1970, expôs na Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, no Porto, vindo a falecer prematuramente três anos mais tarde, a 11 de janeiro de 1973.

O seu trabalho foi alvo de diversas exposições em Portugal e no estrangeiro, como em 2002, na Árvore, em 2005, no Círculo de Belas Artes, em Madrid, em 2016, na Galeria Oris, em Zagreb (Croácia), e, em 2019, na Fundação Tchoban, em Berlim (Alemanha).

Em 2019, o trabalho de Maria Antónia Siza foi também exposto na Fundação Marques da Silva, no Porto.

É também uma das criadoras da coletiva “Tudo o que eu quero”, exposição itinerante dedicada a mulheres artistas portuguesas, desde 1900 a 2020, realizada no contexto do Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que esteve patente no ano passado, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e que este ano se encontra na cidade francesa de Tours, integrada na programação da Temporada Cruzada França-Portugal.

A artista deixou um legado de mais de 3.000 obras em desenho, guache e bordados.

Durante a década de 1960, Maria Antónia Siza produziu ativamente numerosas obras sobre papel, bem como uma série de bordados.

Desses trabalhos, na posse do marido, foram doadas 141 peças à Fundação Calouste Gulbenkian.

Fonte: Notícias ao minuto

 

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