Pedro Gil de Vasconcelos já tem nas pernas doze longas caminhadas de Santiago. O Caminho que percorreu em 2021 transformou-se num documentário sobre o troço da Geira e Arrieiros e venceu a categoria de melhor documentário na secção Fé e Religião no New Wave Short Film Festival — que mensalmente, a partir de Munique, destaca as melhores curtas de realizadores emergentes que contam as suas histórias com os recursos que têm à mão.
“O objectivo”, lê-se no site do festival, “é apoiar filmes de baixo orçamento que criam novas experiências e narram histórias únicas com recursos limitados”. Uma forma de “entender como os cineastas de todo o mundo trabalham, como os jovens cineastas são criativos para superar os obstáculos da produção”, ou “como as suas tentativas podem levar a uma nova forma de cinema”.
O Meu Caminho nasceu da vontade de fazer a pé os 240 quilómetros que separam Braga de Santiago de Compostela, grande parte deles pela velha Via Romana XVIII, atravessando o Parque Nacional da Penada Gerês e as regiões do Xurez e do Riveiro, conta à Fugas o realizador, natural do Porto (1965) licenciado em Cinema e Audiovisuais pela ESAP – Escola Superior Artística do Porto.
O Meu Caminho foi produzido pela Completa Mente, teve edição de Marcos Nunes (Cia Films) e apoio de Jorge Medeiros (VideoContacto). Adriano Carneiro foi o companheiro de viagem de Pedro Gil e protagonista do filme.