Procissão dos Navegantes em Cascais integrada na lista do Património Imaterial

62

procissao_navegantes_Cascais

Remonta a 1942, o ano em que foram concluídas as obras da Igreja dos Navegantes. A Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes de Cascais passa a partir a constar da lista do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Em comunicado a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) indica que aprovou a inscrição desta manifestação religiosa “conforme despacho da subdiretora-geral do Património Cultural Rita Jerónimo, de 28 de junho último, a publicar em Diário da República”.

Esta procissão é uma tradição que se mantém ativa e que “é um elemento identitário da comunidade piscatória cascalense”, explica a DGPC. A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes é considerada a “protetora dos pescadores” da vila de Cascais.

Realizada desde 1992 “com alguns interregnos”, a procissão tem tido lugar anualmente de “forma contínua”, diz a DGPC, “procurando preservar a essência e o propósito que esteve na sua origem”.

A procissão que tem lugar em data móvel no mês de agosto, consoante as condições da maré, tem um percurso terrestre e outro marítimo. Os andores com as imagens saem da “Igreja de Nossa Senhora da Assunção até ao cais de embarque da Praia da Ribeira, onde são colocadas nas embarcações de pesca, seguindo daí até à zona da Guia”.

Durante a procissão é prestada homenagem aos pescadores mortos no mar e homenageadas as suas famílias e os profissionais no ativo, “fazendo soar as buzinas dos barcos” e lançando flores ao mar.

Depois, no regresso a terra, “a procissão retorna ao adro da igreja para os agradecimentos e bênção final”, explica a DGPC que apreciou positivamente o pedido de registo submetido pela Câmara Municipal de Cascais para inscrição desta tradição no inventário do Património Cultural Imaterial Nacional.

Siga-nos